Por Eguinaldo Hélio de Souza
O termo escatologia não está ligado apenas à humanidade. Está ligado também ao fim último do homem, seu estado eterno e seu estado intermediário. Podemos chamar isto de escatologia individual, analisando-a à luz das Escrituras e respondendo à alguns posicionamentos errôneos.
O rico e Lázaro
Em termos de estado intermediário nenhuma passagem das Escrituras seja mais relevante do que Lucas 16.15-31, sobre o Rico e Lázaro. Quando listamos uma série de fatos com respeito ao texto, temos uma sólida base para a revelação do Novo Testamento a cerca do assunto:
- Em nenhum lugar está claro de que se trata de uma parábola. Embora algumas edições tragam o título, ele não existe no original. Jesus pode simplesmente estar narrando um ocorrido.
- Em nenhuma parábola é utilizado nomes próprios, como no caso de Lázaro. Mesmo porque a parábola, sendo um fato fictício, não se utiliza de pessoas e casos específicos.
- Mesmo que se admitirmos ser esta uma narrativa em parábola, parábolas não são fábulas. A fábula se utiliza de elementos fantasiosos, como diálogo entre animais, plantas e coisas. A parábola, apenas narra fatos do cotidiano para ilustrar verdades espirituais. Neste caso, se esta é uma parábola, qual a interpretação?
- Logo, sendo ou não parábola, ela fornece diversas informações sobre o estado intermediário dos mortos.
- O texto mostra que a morte não é um estado de inconsciência. Lázaro, o rico e Abraão estão em plena posse de suas faculdades.
- O texto mostra que há um destino diferente para aqueles que viveram conformo a palavra revelada e aqueles que não viveram. Este destino se manifesta no contraste entre tormento e consolo.
- O texto mostra não existe alteração nas condições de uma pessoa após a sua morte, como ensina o catolicismo e o espiritismo.
- O texto mostra que não é permitido aos mortos retornarem para revelar aos vivos sua atual condição, uma vez que Deus já deixou a sua Palavra com este intuito.
Sendo assim, os fatos aqui narrados são suficientes para esclarecer o assunto referente o estado intermediário dos mortos. Ele responde a um só tempo os equívocos dos ateus, adventistas, testemunhas de Jeová, espíritas, católicos, mórmons e outros segmentos, que ensinam inverdades como o sono da alma, a reencarnação e o purgatório, bem como expõe certas falsas experiências de quase-morte, onde é ensinado que todos terão um destino bom além desta vida.