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Nazismo e Religião

Por Eguinaldo Hélio de Souza

“O qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora. De sorte que se assentará  como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus”  (2 Ts 2.4)

O relançamento da autobiografia de Adolf Hitler “Main Kampf” (Minha Luta) e a grande procura pela mesma (foi best seller na Turquia), tem preocupado a comunidade judaica e outros grupos. Isto reacendeu a discussão sobre as atrocidades nazistas, mesmo porque o espírito daquele período tem sobrevivido, principalmente nos grupos classificados como neonazistas. Inúmeras são as notícias que denunciam este tipo de ideologia:

Illinois.Julho.2001 -Reverendo” Matt Hale, tem 30 anos e vive em Illinois, nos EUA, de onde lidera a World Church of the Creator, uma seita religiosa que prega a supremacia da raça branca nórdica.

Quarto filho de uma familia de classe média baixa, seu pai era policial, ele diz ser racista desde os doze anos de idade, quando leu o livro “Ascensão e queda do terceiro Reich” e, mais tarde, “Mein Kampf” (Minha luta) de Adolf Hitler.

Após militar na juventude em diversos grupos de extrema-direita, em 1992, auto-proclamado líder nacional do Partido Nacional-Socialista da Raça Branca da América (National Socialist White American’s Party), ele iniciou também seu envolvimento na seita então chamada “Church of the Creator”, fundada em 1973 por Ben Klassen juntamente com a publicação de um tomo de 511 páginas intitulado “Nature’s Eternal Religion”.

O livro, de teor extremamente racista, rejeita o que chama “valores judeu-democrático-marxistas vingentes” pregando sua suplantação por novos e básicos valores fundamentados na supremacia da raça”.

A herança racial portanto, transcede a crença. O cristianismo, por exemplo, é considerado uma “religião suicida”. Por ironia Ben Klassen, um norte-americano da Flórida, filho de imigrantes alemães, suicidou-se em 1993.

Como podemos ver, o nazismo é mais que uma força viva. Ele revela sua real natureza, totalitária, maligna, que se não apresenta todos os traços pertinentes a uma religião, propõe-se a substituir esta. O nazismo, ontem e hoje, é bem mais do que uma ideologia entre as outras. Hitler e sua cúpula eram inimigos declarados do Cristianismo

Nazismo X Cristianismo

Não nos surpreende de modo algum esta declaração de um dos grandes líderes do Partido Nacional Socialista:

“Aquele que jura pela Suástica deve renunciar a qualquer outra lealdade.” (Himler. Discurso para os Voluntários Iugoslavos em Zagreb, 3/8/41)

Louis Pawels e Jacques Bergier, foram os primeiros a ressaltar o caráter ocultista do nazismo. Assim lemos no seu livro “Despertar dos Mágicos”:

“Eram raras e pouco ouvidas as vozes que anunciavam no céu alemão “a substituição da cruz de Cristo pela Cruz Gamada, a negação pura e simples dos Evangelhos”

Herman Rauschinning em seu livro “Hitler me disse”, relata que alguns amigos íntimos o ouviram dizer em 1933:

“O fascismo pode, se quiser, concluir sua paz com a Igreja. Também eu o faria. E por que não ? Isto não me impedira de extirpar o Cristianismo da Alemanha…  (H. Rauschinning em Hitler me disse)

Não havia lugar para a prática do Cristianismo dentro da ideologia Nazista. Tanto Martin Bormann quanto Rosemberg tinham planos para a longo prazo banir todo e qualquer vestígio cristão da Alemanha. Este último era o filósofo do movimento.  

Em seu livro Der Mythus des 20 (O Mito do Século XX), do qual foi vendido 20 milhões de exemplares, Rosenberg escreveu a nova filosofia.  Deste livro ele disse diante do Tribunal de Nuremberg:

“O Mythus criou hoje sulcos muito profundos que jamais se poderá apagar da vida espiritual alemã. As novas edições são uma prova de que uma revolução decisiva, de origem espiritual, está se tornando num acontecimento histórico”

Ainda em outro lugar do livro ele eleva o nazismo à posição de uma nova religião, baseada no primitivo paganismo germânico:

Hoje desperta uma nova fé. O mito do sangue, a crença de  defender com sangue a essência divina do ser humano. O sangue nórdico representa aquele mistério que substitui os antigos sacramento.

E disse ainda neste mesmo livro, sobre sua nova filosofia:

Não admite nenhum outro centro de forças a seu lado, nem o amor cristão nem tampouco o humanitarismo, nem tampouco a filosofia romana. (O Julgamento 254,255)

Borman propôs a redação de um catecismo nacional-socialista, para criar, deste modo, o fundamento da nova moral nacional-socialista e lentamente substituir a moral cristã. Borman propôs unificar alguns dos Dez Mandamentos com o catecismo nacional-socialista e juntar outros mandamentos novos. (Julgamento, 263)

Também declarou que as Igrejas não podiam ser destruídas  por meio de um compromisso, mas unicamente através de uma nova  filosofia, tal como era exposta e anunciada mas obras de Rosenberg “Quando no futuro a nossa juventude deixar de  ouvir falar sobre este cristianismo, que esta muito abaixo de nosso ensinos, então o cristianismo desaparecera por si  só”, dizia ele (O Julgamento, 321)

Ele escreveu em 7 de junho de 1941, numa ordem secreta dirigida aos dirigentes do partido:

Não se podem conciliar os pontos de vista nacional-socialistas e cristãos. A nossa filosofia nacional socialista esta muito acima da filosofia do cristianismo. (Julgamento, 263)

Dentro desse projeto a  Festa Germânica devia substituir o Natal e em lugar  do batismo inventaram uma nova cerimonia – a nomeação. Para encerrarmos este capítulo, temos abaixo uma amostra do que representou aquele período, em termos de  espírito anticristão. Entre as inúmeras canções da juventude hitlerista, estava esta:

Somos as alegres juventudes hitlerianas

Não precisamos de nenhumas das virtudes cristãs

O nosso Fuhrer é Adolf Hitler

que sempre intercedera por nos.

Nenhum padre e mais ninguém poderá impedir-nos

de nos considerarmos filhos de Hitler.

Como uma demonstração final de que ao lidar com o nazismo em sua essência se está lidando com uma falsa religião, vejamos a oração ensinada às crianças na escola, durante o governo de Hitler, conforme registrado pelo historiador João Ribeiro Jr, em seu livro O que é Nazismo, Brasiliense, p. 66:

“Führer, meu führer que Deus me deu. Protege e conserva por muito tempo a minha vida. Tu salvaste a Alemanha dos abismos da miséria. È a ti que devo o pão de cada dia. Conserva-te muito tempo junto de mim, não me abandones. Führer, meu führer, minha fé, minha luz. Salve meu Führer!” 

A suástica e a cruz de Cristo são símbolos antagônicos. Impossível haver qualquer conciliação. Nelas se confrontam poderes contrários. O neonazismo é tão forte quanto qualquer seita, e seus adeptos precisam de um encontro libertador com Jesus Cristo.

“Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. O fim deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles é para confusão deles mesmos, que só pensam nas coisas terrenas.” (Fp 3.18-19)

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