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ECO-RELIGIÃO

Por Eguinaldo Hélio de Souza

 

Com o declínio do cristianismo em face da investida do evolucionismo, o meio ambiente surge como uma religião substituta, com dogmas estabelecidos: “Plástico é mau, a reciclagem é uma virtude”, florestas tornam-se sítios sagrados, desenvolvedores são satânicos. E muito desse ämbientalismo” é regido; por um panteísmo evolucionista. “Mãe Terra” é a deusa criativa, que deve ser protegida e acalmada. Mas em qualquer assunto, nós devemos estar preparados para pensar com  cuidado, a não deixar que nossa reação permita aos extremistas ferir-nos, ignorando quaisquer princípios bíblicos aplicáveis.

A HIPÓTESE GAIA

Esta foi uma hipótese formulada na década de 60 pelo físico inglês James Lovelock e pela microbiologista americana Lynn Margulis. Afirma que as características da Terra teriam sido criadas pelos organismos vivos nela existentes, ao longo de seu processo de evolução. Para os dois cientistas são os seres vivos que moldam o meio ambiente às suas características e criam as condições necessárias para sua sobrevivência(…).

Pela Hipótese Gaia, o planeta se comportaria como um organismo inteligente, capaz de enfrentar as situações ameaçadoras e recriar a harmonia. Esse mecanismo regulador das condições foi chamado de Hipótese Gaia, como era chamada a Deusa Terra dos antigos gregos. Vem daí o nome da hipótese, que influencia fortemente o movimento ambientalista (Almanaque Abril 96).

Sobre isto, assim se expressou Fritjof Capra, um dos maiores representantes mundiais do movimento Nova Era: “A Hipótese Gaia, por estar apoiada sobre a mitologia antiga, de uns tempos para cá, vem desfrutando reavivamento, inspirada pelos ativistas do meio ambiente e pelos aficcionados da Nova Era. Ajusta-se bem `visão global da Nova Era a noção que a terra é uma entidade viva e consciente, dotada de mente, a qual, por sua vez, participa de alguma mente universal ou “cósmica”. (Alterando o ponto: Ciência, Sociedade e Cultura Emergente, Fritjof Capra, p. 292)

PANTEÍSMO

O que é panteísmo?

Essa palavra vem do grego, pan, “tudo”, + Theós, “deus”, dando a entender que tudo é Deus. De acordo com o panteísmo, Deus é o cabeça da totalidade, e o mundo é o seu corpo. A forma objetivada, “panteísta”, foi cunhada pela primeira vez por John Toland, em 1705. Por sua vez, Fay atacou a filosofia de Toland, e usou a forma nominal “panteísmo”. E, desde então o termo tem sido continuamente usado. O panteísmo é uma espécie de monismo, que identifica a mente e a matéria, e que pensa que a unidade é divina. E assim, o finito e o infinito tornam-se uma e a mesma coisa, embora diferentes expressões de uma mesma coisa. O universo passa a ser auto-existente, sem começo, embora sujeito a modificações. De acordo com o panteísmo, todos os seres e toda a existência de Deus, são concebidos como um todo.

Do ponto de vista bíblico, o panteísmo é deficiente por causa de duas considerações:

Nega a transcendência de Deus (ou seja, Deus não é sua Criação, mas está além dela) e defende Sua imanência radical (ou seja, Criador e Criação são uma e a mesma coisa), enquanto que a Bíblia apresenta um equilíbrio, onde Deus está ativo na história e na sua criação, mas não é idêntico a elas.

Tendência de identificar Deus com o mundo material, negando assim, o caráter pessoal de Deus. Nas Escrituras, Deus é retratado supremamente como uma pessoa.

Este é conceito de Deus pregado pelos ecologistas. Na sua ânsia de a defenderem, divinizaram-na. Tudo é Deus e Deus é tudo.  “Dessa forma, o homem não seria mais a coroa da Criação, mas “um ser semelhante” em igualdade de condições com os outros. Atrás dessa idéia está o panteísmo, que parte do pressuposto de que Deus pode ser encontrado em tudo que está vivo, ou seja, que tudo o que vive é igual a Deus” (Jornal Evangélico Chamada da Meia Noite, nº 03, Março/96, p. 11).

REVELAÇÕES DE ANJOS

Nem mesmo os “anjos” escaparam da terrível rede da eco-religião. Não se contentando em utilizar dos espíritos florestais do paganismo europeu, utilizam-se do contexto bíblico para amarrar ecologia e esoterismo. “Revelações ligadas ao meio ambiente oriundas de “anjos” ensinam a importância sagrada do meio ambiente e como as pessoas precisam estar mais preocupadas com a Terra, sua “genitora” espiritual. De acordo com essas revelações, as pessoas precisam aprender a enxergar a Terra como divina, e reconhecer que a adoração à criação é vital para uma espiritualidade renovada.” (Os fatos Sobre os Anjos, John Ankerberg e John Weldon). Dessa forma, até os anjos endossaram a Hipótese Gaia e se tornaram ambientalistas.

É incrível como este assunto de meio-ambiente, que é de tanta importância, serviu amplamente de trampolim para todo tipo de culto ocultista pagão.  Não podemos esquecer que as questões ambientais estão na pauta políticas das nações do mundo todo, o que acaba dando apoio governamental a todo este esoterismo. A “visão” com relação a natureza, não é a visão bíblica, de proteção à criação de Deus por ser esta a missão do homem sobre a Terra (Gn 2.15; Sl 115.16), mas a noção falsa e pagã do panteísmo.

ECO RELIGIÃO E NEO-PAGANISMO

“A Terra é nossa Mãe, precisamos cuidar dela

Em seu solo sagrado andamos a cada passo…

(Cântico da Roda de Cura em Honra à Mãe Terra)

Mas o amor pela natureza excedeu seus  limites no mundo contemporâneo, assumindo o perfil de religião. O Movimento Nova Era assumiu posturas extremas com relação ao meio ambiente e dessa forma fomentou um retrocesso ao paganismo e à religião animista, onde todas as coisas tem espírito e devem ser reverenciadas.

“A consciência ecológica da Nova Era deriva-se da “percepção de uma unidade universal” e da teia interligada da vida biológica. Compartilha de muitos alvos do movimento ambientalista como um todo, e tira proveito da renovada apreciação pela cultura dos povos pré-colombianos e sua apreciação da natureza (…)  Para muitos adeptos da Nova Era, a ecologia contém a verdade religiosa básica de onde emanam todas as religiões. Uma outra maneira de expressar isto é pelo frase “Eu sou a Terra” (…) Bob Hunter, cronista do Greenpeace Chronicles chega a denominar a ecologia de religião da Nova Era” (Compreendendo a Nova Era, Russel Chandler, p. 245, 246). Ainda segundo o mesmo jornal, alinhar-se com a natureza é “liberar…a divindade que há dentro de nós, é ser elevado a um estão superior do ser. É ao mesmo tempo liberar o animal que está dentro de nós” (Compreendendo a Nova Era, Russel Chandler, p. 245, 246).

Culto à “Deusa Mãe” ou “Mãe terra”, crença nos chamados elementais, gnomos, duendes, elfos e outras criaturas mitológicas dos bosques e florestas, foi o resultado de toda essa reverência idólatra pela criação. Os espíritos protetores da terra e do meio ambiente, fossem eles pertencentes à cultura dos índios americanos ou à cultura européia, passaram a ser cultuado e aceitos como reais. A  “Volta ao Verde” tornou-se a volta aos cultos e crenças ancestrais, quando animais e plantas passaram a receber  adoração aberta.

O neo-paganismo tem forte ligação com as antigas religiões de bruxaria dos antigos celtas, ligadas aos ciclos da natureza. A maior parte das religiões neo-pagãs tem poucos credos e não tem profetas. Sua base são as celebrações em certas estações do ano, os ciclos do plantio e da colheita, ou costumes e experiências e não a palavra escrita. Segundo Gordon Melton, do Instituto de Estudo das Religiões Americanas, na Califórnia, a grande maioria das pessoas que se consideram feiticeiros, “segue a adoração politeísta, voltada para a natureza, da Grande Deusa Mãe”, cujos nomes incluem Diana, Ísis, Demeter e também Gaia (Enciclopédia dos Cultos Americanos, 1986, p. 211).

Embora toda a retórica da Nova Era seja recheada de cunho científico, sua prática nada mais é do que puro culto pagão, onde um Deus impessoal é identificado com a Criação, e esta última sim, adorada como deusa. Nem toda a argumentação complexa formulada por tais ambientalistas, pode livrá-los do fato de serem “ecólatras”. “Porque as suas coisas invisíveis, tanto o seu eterno poder quanto a sua divindade, se entendem e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que fiquem indesculpáveis. Porque tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus,  nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram e seu coração insensato se obscureceu, dizendo-se sábios tornaram-se loucos. Pois mudaram a verdade de Deus em mentira e adoraram mais a criatura (ou a criação) do que o criador” (Rm 1.20, 21, 22, 25)

Até mesmo Eddie Van Feu, autor do livro “Wicca – Rituais” , grande defensor da bruxaria moderna admite: “O que caracteriza a Wicca ? _ O amor à Terra e à natureza e o respeito a tudo e todos, acaba fazendo muita gente, como os ecologistas por exemplo, ligarem-se à Wicca sem o saber” (p.13) e em contrapartida opõe a bruxaria moderna como superior ao cristianismo neste aspecto, dizendo: “Os wiccanos possuem uma espécie de consciência que os faz tratar o planeta como um ser vivo, com respeito e dignidade, protegendo e amando todos os seus filhos – homens, animais, minerais, vegetais – como irmãos. A filosofia cristã, no entanto, prega que o Homem pode subjugar todos os outros seres e elementos, por Ter sido criado superior”.

Diante de tudo isso só podemos concluir que certos aspectos do movimento pela ecologia foi “contaminado” por elementos religiosos ligados ao ocultismo. É extremamente difícil, como sempre foi, separar o joio do trigo. Apoiar uma causa ecológica qualquer, pode significar envolver-se  com crenças completamente pagãs e esotéricas. A causa, como vemos, tem até mesmo sido utilizada pelos adeptos da Nova Era com intuito de atacar o Cristianismo. Mas calar-se e omitir-se de forma total, pode significar concordância.

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